O Que Mais Temia



O Que Mais Temia é uma história de dois adolescentes que se amam...


- Idiota...

- Eu ouvi isso, Brea!

- Era para ouvir mesmo, imbecil!


Bem, eles amam-se... de uma maneira diferente, mas amam-se...


O que fazer quando a pessoa que mais odiamos, é a pessoa que mais amamos?



quarta-feira, 6 de julho de 2011

Prefácio

Encontrava-me onde a mãe natureza dominava, onde tudo era mistérios não desvendados. Aquela floresta era sombria, desde aquelas árvores altas e robustas, aquele clima enigmático até ao chão resguardado com folhas quebradiças.
Olhei ao meu redor e estava sozinha, o meu coração batia sem ritmo certo, o meu corpo tremia como que se deixando levar pelo vento que o cercava, não sabia o porquê de ali estar, como tinha ido parar ali, não sabia o porquê de estar ali, não sabia para onde ir, não sabia o que fazer, estava completamente confusa $: Fui interrompida enquanto debatia em pensamento as respostas para as minhas dúvidas por um barulho deveras estranho, como que por instinto corri o mais que as minhas pernas conseguiam, tinha curiosidade em olhar para trás para saber o que me perseguia, mas o medo que me circulava no sangue não permitia o fazer, continuei a correr numa esperança de encontrar um lugar seguro, mas nada que encontrava me parecia ideal.
As minhas pernas fraquejaram e acabei por cair naquele húmido chão, escutava e sentia as minhas palpitações cada vez mais fortes, ouvi algo a aproximar-se, mas o que seria? Um animal feroz? Um humano insensível? Apenas sentia cada vez mais próximo algo incógnito. Já conseguia ouvir a sua respiração, mas ainda não conseguia distinguir o que seria, até que por fim surgiu o que mais temia…


O que eu mais temia baseava-se na pessoa que eu mais amava e isto pode parecer estranho, mas não é tanto assim como aparenta. Eu tinha medo, pavor… de voltar a cair no mesmo erro… na mesma tentação… : ele…
Um dia, ele fez-me perder a razão e a noção das coisas à minha volta. Eu comecei a viver num mundo que girava ao seu redor… mas, ele simplesmente não me via.
Tudo era, imensamente, contraditório… o que eu sentia por ele era, intensamente, incompatível. A sensação de o ver, de estar com ele, de olhar naqueles olhos azuis-acinzentados... era tão bom… tão cómodo porém, tão mau, tão frustrante. Tão doce e tão amargo. É difícil de explicar… Ele… Pode trazer uma enorme felicidade ou uma profunda decepção. Pode te dar uma razão para viver, ou uma causa muito forte para tentares contra a tua própria vida. Pode trazer-nos sorrisos, pode levar-nos a lágrimas. Pode ajudar a ver uma nova realidade ou cegar-nos completamente. Pode trazer tranquilidade e paz… ou pode correr a nossa vida toda a riscos. Pode acompanhar-nos durante muito tempo ou abandonar-nos na primeira hipótese. Pode curar feridas passadas ou magoar mais ainda… Podemos deixar de lado… tentar ignorar…, mas esquecer? Jamais. Eu “rezei”. Eu rezei para que tudo isto não passasse de uma mera ilusão da minha cabeça, uma colocação de valores numa pessoa que talvez não os tenha… uma simples chama. Infelizmente, era algo muito mais complexo do que isso e em tentativas frustrantes de o esquecer, eu apanhei-me a pensar na quão monótona era a minha vida antes de ele aparecer. O facto de ele ter surgido na minha existência foi, assim como o meu sentimento por ele, bastante contraditório, bom e mau. Tudo começou a ganhar mais animação e o meu cenário ganhou novas cores.
O azul-acinzentado predominava na minha vida… quase que inteiramente… porque era a cor que mais me fazia lembrar dele, porque era algo que me simbolizava muito… porque era a cor dos seus olhos… Lembro-me de quando eu me perdia naquele mar… eu sentia-me como se me estivesse a afogar… devido à falta de ar, tanta era a perfeição dos seus olhos.
Como tão rápido este sonho apareceu… tão rápida chegou uma dura realidade… o que me fez fazer a coisa mais óbvia e estúpida que eu poderia ter feito…: fugir…

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Provavelmente, continuaram sem entender a minha história... talvez esta não seja algo que necessite ser entendida... apenas explicada... Bem, mas vocês não querem saber das minhas teorias filosóficas generalizadas... e sim, o que realmente aconteceu... a história do ínicio ao fim... sim, e talvez essa seja a melhor forma de contar o que aconteceu... o que ME aconteceu... então, comecemos pelo dia em que ELE apareceu... mas, vamos fazer isto da melhor forma, como é que os contadores de histórias começam?? ah, sim... ERA UMA VEZ...

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